quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Gente



"Aquele dia em que pensas que o cansaço te vence,
Que és uma ilha num mar revolto,
Onde forças cruzadas te esmagam,
Pintando sombras no teu chão.
Frágil, ergues-te por entre frestas de vida,
Respiras o coração da cidade,
E caminhas sobre o risco que traçaste.
Negro carvão na tela, povoa espaços vazios,
Curvos, rectos , se entrecruzam,
Como braços gigantes de um rio.
Envolves-te num manto de esperança,
Flor que brota do chão,
Selvagem,  pura,  seiva de vida,
Lava fresca de vulcão.
No olhar levas o mar, imenso.
Navegas através do vento, intenso.
E ao porto te acorrentas, numa avidez de ternura,
Num desejo já frustrado, num desmaiar de loucura.
E hoje é aquele dia em que pensas que o cansaço te vence,
Mas onde acordas feliz, onde a tua alma te sente,
E gritas alto para o mundo: cheguei aqui e sou gente!!! 





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