quinta-feira, 9 de abril de 2015

Na procura de um sentido



Caminho por entre as horas, perdidas, esquecidas,
Na procura de um silêncio que é só meu,
Onde tudo falo e tudo calo.
Urge-me a solidão do caminho,
Que percorro com avidez,
Em cada dia a renascer.
Flutuo num espaço estranho,
Sem nexo e sem sentido,
Mas que é este.
Onde  avanço corresponde a recuo,
Onde à vida liga a morte, a guerra, a crueldade,
Onde o sorriso  atraiçoa,
Onde o  poder  inverte os termos.
Luz intermitente e desfocada,
Ilumina vidas a solo, adiadas, cansadas,
Que vejo por entre frestas, 
De janelas já perdidas.
Caminho por entre as horas, perdidas, esquecidas,
Na procura de um sentido.




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