domingo, 27 de setembro de 2015

Dás de Ti



Desafias o correr negro da estrada
Embalada por sons do quente caminho
Abraças com alma o tudo e o nada
Desfilas  teus dias repartindo carinho.
Ontem, agora, mais logo,
Dás de ti fundo de mar,
Beijas brisas já dispersas,
No teu único jeito de amar.
Gaivotas murmuram contigo,
Sons passados de crianças,
Rolando na areia dourada,
Gravadas nas tuas lembranças.
Qual barco navegas e partes,
Flutuas em nuvens de esperança,
Lanças âncora em mar revolto
E voas em asas da mudança.
Queres abraçar o mundo,
Sem guerra, sem diferença, sem horror,
Vozes caladas no breu,
Num caos de desamor.
E ao negro da estrada retornas,
Evasão ténue e fugaz,
Que acalma o inquieto espírito
Que cheia de vida de traz.

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