Porque és,
Porque foste,Porque serás.
És o possível,
Foste o possível,
Serás…. O que te deixarem ser.
Ambiguidade do teu eu,
Dividido em etapas que não dominas,
Que se sucedem velozes,
Quais ondas nas marés,
Em avanços e recuos.
És um tronco
Cujos ramos se te prendem,
Ora leves ao vento,
Ora vergados do peso.
Foste frágil caule,
Que se alimentou de esperança,
Cresceu e desenvolveu,
E deixou de ser criança.
Serás o que te
deixarem ser,
Num mundo tão desigual.
Onde a frieza é rainha
Num reino podre de mal.
Não te resignes e luta,
Vai, corre, alcança,
Mostra que és um ser!
Que tens vida, direitos, esperança!
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