Mais uma manhã, mais uma madrugada,
A desafiar os caminhos da tua existência.
Vacilas, para logo te firmares,
Hesitas para logo decidires,
E avanças, abraçando o dia,
Em que te dás, cúmplice da vida.
Olhas o Mundo, e com
força desmedida
Rasgas as horas uma a uma, freneticamente.
Amas com profundidade e sem condição,
Entregas-te como vela ao vento,
Ao sabor de horas e dias,
Vividos com intensa paixão.
Completas-te a cada momento,
Num puzzle a que chamas de vida,
Em peças imperfeitas e desiguais,
Tão desiguais como as noites e os dias.
E caminhas, persegues
um sonho,
Que só tu entendes,
E em monólogo sussurrante,
Deixas-te guiar por
estradas e pontes.
Espaços vazios que vais preencher,
Com peças soltas, perdidas, inertes.
E avanças, mais sempre mais,
Numa vida incompleta,
Num Mundo incompleto,
Onde ocupas o teu espaço
Em quadrados desiguais.
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