quinta-feira, 12 de março de 2015

Freneticamente




Mais uma manhã, mais uma madrugada,
A desafiar os caminhos da tua existência.
Vacilas, para logo te firmares,
Hesitas para logo decidires,
E avanças, abraçando o dia,
Em que te dás, cúmplice da vida.
Olhas o Mundo,  e com força desmedida
Rasgas as horas uma a uma, freneticamente.
Amas com profundidade e sem condição,
Entregas-te como vela ao vento,
Ao sabor de horas e dias,
Vividos com intensa paixão.
Completas-te a cada momento,
Num puzzle a que chamas de vida,
Em peças imperfeitas e desiguais,
Tão desiguais como as noites e os dias.
E caminhas,  persegues um sonho,
Que só tu entendes,
E em monólogo sussurrante,
 Deixas-te guiar por estradas e pontes.
Espaços vazios que vais preencher,
Com peças soltas,  perdidas, inertes.
E avanças, mais sempre mais,
Numa vida incompleta,
Num Mundo incompleto,
Onde ocupas o teu espaço
Em quadrados desiguais.
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário