Horas que correm num leito sem fim
Trazem o momento guardado em mim
De memórias acesas à luz do luar
Em páginas gritantes de tanto calar.
Refúgios escondidos que trago no peito,
Que sinto e agarro num dia já feito,
De horas correntes, instantes, distantes,
Num abraço de gentes, dementes, amantes.
Horas das horas que me
conduzem,
Em ventos cruzados
sentidos me trazem,
Ausências perdidas em tons de viagem,
Presenças ocultas de um mundo selvagem.
Correm ponteiros
caminhos velozes,
Na guarda dos dias plenos de vozes,
Onde mares distantes me fazem sinal,
E me dizem que a hora é minha afinal...
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